Sérgio
vieirademello
Sérgio Vieira de Mello obteve êxito e visibilidade no cenário internacional por sua atividade profissional. Até a sua trágica morte, esteve dedicado a apoiar a reconstrução de comunidades afetadas por guerras e violências extremas. Seu caráter humanista, associado ao seu talento para a negociação e a defesa da democracia, foram fatores-chave do sucesso de muitas de suas iniciativas. Devido ao seu exemplar desempenho na ONU e nos diversos desafios de defesa humanitária que vivenciou o Centro Acadêmico dos estudantes de Relações Internacionais da UFF escolheu honrar a sua memória através de seu nome: Centro Acadêmico Sérgio Vieira de Mello.
Tornou-se funcionário da ONU em 1969 , onde passou a maior parte de sua vida trabalhando no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, ou ACNUR, em português), servindo em missões humanitárias e de manutenção da paz: em Bangladesh, em 1971; no Sudão e em Chipre, em 1974; em Moçambique, em 1975 e depois do Peru. Em 1996 foi nomeado assistente do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, antes de ser enviado para Nova Iorque, em janeiro de 1998, como Secretário-geral-adjunto para Assuntos Humanitários das Nações Unidas.
Vieira de Mello foi considerado a personificação do que a ONU poderia e deveria ser: com uma disposição fora do comum para ir ao campo de ação, com todas as qualidades necessárias para garantir o seu sucesso e eficiência em diversas negociações pela busca da paz. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, afirmava que Vieira de Mello era "a pessoa certa para resolver qualquer problema". Foi o primeiro brasileiro a atingir o alto escalão da ONU. Como negociador da ONU atuou em alguns dos principais conflitos mundiais.
Morreu em Bagdá, juntamente com outras 21 pessoas, vítima de atentado a bomba contra a sede local da ONU. A organização extremista Al Qaeda assumiu a responsabilidade pelo ocorrido e afirmou que Mello era sim o alvo principal do ataque. Após sua morte, Sérgio Vieira de Mello foi enterrado no cemitério de Plainpalais (Cimetière des Rois), em Genebra. Alguns meses após o atentado, a ONU realizou uma homenagem póstuma, entregando o Prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas àquele que foi um dos mais importantes funcionários da entidade.