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NOTA COLETIVO DE ESTUDANTES NEGRXS BEATRIZ NASCIMENTO E CASViM

Nos últimos dias, temos visto diversos protestos tomarem as ruas do Brasil, dos Estados Unidos e mundo afora. Manifestações antirracistas que começaram num contexto explícito de violência policial contra o povo preto num país central estão ecoando ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, a motivação principal foi o assassinato de um homem negro desarmado por um policial branco em Minneapolis, Minnesota. O ato foi filmado e é possível ver George Floyd dizer mais de uma vez que não consegue respirar – nos minutos finais, Floyd está desacordado. Ele foi levado por uma ambulância e seu óbito foi registrado cerca de uma hora depois. A alegação dos policiais que o abordaram era de que George Floyd estaria utilizando notas falsas em um supermercado. O policial responsável, Derek Chauvin, foi demitido, detido e responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando o responsável pela morte atua de forma irresponsável ou imprudente). Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal e a ex-dona de um bar na cidade, Floyd e Chauvin já se conheciam antes por terem trabalhado no mesmo bar no passado. No Brasil, algumas manifestações tomam contornos fascistas. Manifestações de apoio ao presidente, contra o Congresso e STF são constantes no Palácio do Planalto e, nos últimos dias, foram reforçadas por seus apoiadores como Sarah Winter. Os poucos manifestantes se utilizavam de máscaras e tochas e foram comparados ao grupo supremacista estadunidense Ku Klux Klan. Em protestos na cidade de São Paulo, apoiadores do presidente carregavam bandeiras de movimentos antidemocráticos ou extremistas, como a do Pravyi Sektor, grupo ultranacionalista ucraniano. Havia grupos de manifestantes pró democracia também, formados em sua maioria por torcidas de futebol organizadas. É importante ressaltar que tais demonstrações neonazistas e fascistas são entre outras coisas, racistas, mas o racismo não está restrito a esses movimentos. O racismo se manifesta de diversas outras maneiras mesmo em sociedades que se dizem democráticas. O genocídio do povo preto ocorre sistematicamente, dia após dia, através de mecanismos estatais, como a polícia. Ao olharmos para o Brasil nos deparamos com uma realidade de violência pautada em um endereço específico: jovens negros. No último domingo (31/05), no Palácio Guanabara, manifestantes pediram justiça pelas mortes de João Pedro (14), Ágatha Félix (8), Kauê Ribeiro (12) e Kauan Rosário (12), entre outras vítimas por armas de fogo em contexto de violência no Rio de Janeiro desde 2007. De acordo com a ONG Rio de Paz, a maioria está concentrada em operações policiais. Essas operações são realidade para um recorte específico da população brasileira – aquela marginalizada, que tem um endereço – a favela – e tem uma cor. Diante de todo cenário que vivenciamos o Coletivo de Estudantes Negrxs Beatriz Nascimento e o CASViM se posicionam publicamente em defesa da democracia, contra qualquer tipo de autoritarismo e endossa os movimentos antirracistas liderados no Brasil e no mundo. É necessário, mais do que nunca, que entidades estudantis em diferentes níveis de representações advoguem pela justiça e pela garantia de direitos. Para contribuir com essa luta é fundamental analisarmos as informações que consumimos através de perspectivar raciais. Para isso, busquem conteúdos de pessoas pretas e, àqueles que não sofram devido a cor da sua pele, tenham consciência do seu privilégio, o utilizando de forma positiva e agregadora

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